segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um dia de chuva



Segunda-feira. O dia amanhece chovendo. Aquele friozinho invade meu quarto. O cheiro de terra molhada faz com que eu lembre a minha infância. A chuva caindo... Esse som embala meu sono. Ah... Tão bom tudo isso. Meu despertador já tirou tanta soneca que nem sabe mais se dorme ou fica acordado. Triste missão a dele: tentar me acordar. Ainda mais em um dia de chuva.
Como diz a namô, dia de chuva deveria ser feriado. E concordo. Tem coisa melhor do que passar o dia embaixo das cobertas, quentinho, tranquilo, sem pensar em nada? Quando passar o sono, ligar a TV e procurar alguma besteira engraçada para assistir? Comer batata frita, que eu particularmente sou louco, e tomar um chocolate quente? Ou simplesmente ficar carrapatinho com quem se ama, aproveintando cada segundo?
Mas, infelizmente, hoje é segunda-feira. Dia de trabalho. E, apesar de quase todo mundo odiar este dia, eu gosto. Gosto muito! Para mim é um dos melhores.
É, não tem jeito. Sou um trabalhador. Não posso ficar em casa. Vontade para isso é o que não falta. Acho que, se não fosse 2ª, eu faltaria, numa boa. Afinal tenho problemas pessoais para resolver. Também acordei meio indisposto, acho que a comida do domingo não me fez bem. E para completar tinha uma goteira no meu quarto, bem em cima da minha cama. Sabe como é, né? Minha saúde é frágil, acabei pegando um resfriado. Já estou até com dor de garganta...
Pois é, não seria difícil alguém acreditar nessa estória*, afinal poderia ser muito bem verdade. Tenho problemas (quem não tem?), não posso tomar um milk shake que sofro os efeitos colaterais e minha casa é velha, está cheia de goteiras. Então, com certeza, ia colar...
Confesso que pensei bastante antes de tomar qualquer decisão. E adivinhem o que eu fiz? É, isso mesmo. Vim trabalhar. Agora estou aqui, sentadinho em minha nada confortável cadeira, na redação do jornal, escrevendo este texto para o meu super “brog”. Olhando a chuva cair pela janela. Tomando um café quentinho. E imaginando a minha cama gostosinha me chamar.
É, a vida tem dessas coisas. Quando eu for patrão eu aproveito essas mordomias. Enquanto isso, eu trabalho para que o meu possa aproveitar.
Até mais. Abraços!

* Para não haver dúvidas. A palavra ‘estória’ existe e pode ser usada quando se refere a uma história fictícia, frequentemente mirabolante e inverossímil. É que alguns tentaram me corrigir, com as melhores das intenções, sobre a outra postagem, ‘estória brasileira’, por isso quis explicar.

3 comentários:

  1. Ahhh dia de chuva, queria eu poder ficar numa caminha bem carrapatinha com o namô que eu tanto amo.

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  2. Também gostaria de ficar dormindo, mas como não tem ninguem pra pagar as minhas contas, vou trabalhar para isso. =/

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