Hoje, quem olhar meu físico, dificilmente sonharia que um dia já fui apelidado de ‘lambari’ pela minha irmã. Naquela época eu era um pobre menino raquítico e franzino. Mas Deus, com sua infinita bondade, fez com que o tempo me ajudasse. Se ainda não sou aquela Coca-Cola toda, pelo menos já superei a fase do Gury Cola.
Só que, naquele tempo, eu tinha certas vantagens em relação aos dias atuais. A principal delas, e a que sinto mais falta, é a minha ótima condição física de atleta. Jogava horas seguidas de futebol e não amanhecia com a impressão de ter sido atropelado por um trem, andava de bicicleta por quilômetros e minha perna nem reclamava, atravessava o Tapajós e o ar não me faltava. Hoje... a história é outra.
Só que, naquele tempo, eu tinha certas vantagens em relação aos dias atuais. A principal delas, e a que sinto mais falta, é a minha ótima condição física de atleta. Jogava horas seguidas de futebol e não amanhecia com a impressão de ter sido atropelado por um trem, andava de bicicleta por quilômetros e minha perna nem reclamava, atravessava o Tapajós e o ar não me faltava. Hoje... a história é outra.
Semana passada fui convocado para um super clássico na minha ex-universidade. Sabe como é, quando o jogador é bom, nunca se esquecem de chamá-lo. E ainda tiveram de insistir muito.
Chegando lá, olhando aquele gramado bonito e aquela torcida vibrante, me bateu uma saudade. Ah, lembranças dos velhos tempos.
O jogo começou. A responsabilidade pesou, assim como os quilos a mais. Eu até parecia invisível. A bola iiia, a bola viiinha. E eu nada. Ninguém queria passar para o camisa 10 (na verdade as camisas não tinham número). Foi aí que comecei a pensar: “espera aí, será que não conhecem a minha fama?”. Invocado, comecei a procurar jogo. Pena que nessa hora eu já estava pisando na língua. Só de olhar, o cansaço me dominou. Mas um grande jogador não pode abandonar a equipe (se bem que eu acho que essa era a vontade da maioria).
Comecei a tentar uns dribles. Arriscar lançamentos. Foi aí que surgiu o primeiro gol do nosso time. Peguei a bola na entrada da área (que não existe) e dei um belo passe para meu companheiro (na verdade errei o chute), com muita velocidade me desmarquei para receber a bola na frente do gol (dei um pisão no pé do zagueiro, sem querer...). Aí não teve jeito, só empurrei para o fundo das redes. Golaço! A torcida não se conteve, começou a gritar o meu nome.
Minha vontade era de ficar caído lá no chão. Não aguentava dar nem mais um passo. Mas com aquele apoio vindo das arquibancadas não me contive. Levantei, dediquei o gol pra galera e me arrastei para o meio do campo. A partir daí minha história mudou. Comecei a me esconder porque todo mundo queria que a bola passasse pelos pés do craque. Logo depois, em uma cobrança de falta, recebi a bola, virei e chutei. O goleiro rebateu para o meio da área. Um jogador do nosso time dominou, me tocou novamente, vi meu companheiro livre, e fiz o passe para ele marcar o gol. Viramos o jogo!
Bom, depois disso ainda tentei dar umas carreiras, mas minhas pernas não aguentavam mais. Os hematomas de minhas quedas ainda carrego comigo. Joelho, coxa e outras partes raladas. Mas saí de cabeça erguida, com a certeza do dever cumprido.
Sei que logo vão me chamar para novos confrontos...
Fico por aqui, até a próxima.
Hahahahahahahahahahaha, ri muuuuito com esse teu texto!
ResponderExcluirAdorei, amor, mt bom! rs.
Quarta-feira já tem o próximo, te prepara.
Beijo doce.
hauauauahauahuahuahaha, muito bom, mas eles não conhecem Wagner - O Imperador!!!
ResponderExcluirConfessa que você nesse dia estava jogando so com sessentões...hehe
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