segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013

Que neste Ano Novo possamos colocar em prática tudo de bom que aprendemos até aqui, e que possamos deixar de lado aquilo que não nos fez bem. Que pratiquemos o amor e o respeito ao próximo. Que comecemos a construir um mundo melhor a partir de nós mesmos. Que nossas ações sejam exemplos de bondade. Que lutemos para realizar os nossos projetos, sonhos e desejos, apesar de todas as pedras que aparecerão em nosso caminho. Enfim, um ano muito feliz e cheio de saúde!

Amém.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Saudade das besteiras


Faz tempo que não escrevo nada de legal aqui para o Brog. Hoje (ontem) eu estava dando uma olhada nas postagens antigas e me bateu uma saudade. Saudade de escrever coisas diferentes, de fugir um pouco dessa rotina de sempre ter de criticar algo ou alguém. Claro que isso é importante, mas faz parte do meu ser profissional, e aqui sou eu, eu enquanto ser pessoal. Então, sendo assim, vou escrever (ou tentar escrever) aquelas besteiras de sempre.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Novo tempo


É o que a população espera com a nova Administração municipal. Parece que as esperanças estão se rescendendo no meio da sociedade. Já era hora, porque os últimos governos que passaram por aqui não deixaram boas lembranças. Parecia até difícil enxergar uma luz no fim do túnel, no entanto, pelo que vem demonstrando desde a campanha eleitoral, Von quer marcar o seu nome na história como o melhor prefeito que o povo de Santarém já teve. Vamos esperar para ver se consegue.

Vida normal


Isso parece ser tão comum. O sol nem nasceu direito e já tem gente lá, indo e vindo naquele frenesi, parece coisa de louco. E na verdade é! E quanto mais alto o sol está, mais gente passa por lá. Dezenas, centenas de pessoas enfrentam o sol escaldante da Amazônia, se esforçam para não atolar na areia, se equilibram por pontes improvisadas e se desviam (ou não) dos esgotos lançados bem em frente ao cais. O dia vai acabando e as pessoas continuam transitando. Tudo continua da mesma forma, inclusive o Poder Público que nada faz para melhorar a vida de quem precisa embarcar, ou desembarcar, em Santarém.

Ainda bem que 2012 está acabando


2012, com toda a certeza, não foi um dos melhores anos que existiram. Longe disso, na verdade está na lista dos piores. Ele está se despedindo e, para mim, não deixará saudade. Lógico que poderia ter sido muito pior, ter acontecido algo grave, ou coisa do tipo, no entanto, mesmo sem nenhuma excepcionalidade negativa, o ano não agradou.
Devo estar chateado com 2012 por eu não ter realizado lá grandes coisas. Não fiz nada de diferente, nem obtive grandes conquistas, como em 2011. Aquele sim foi um grande ano! É claro que eu não posso por a culpa em um simples ano, afinal quem tem o dever de realizar alguma coisa sou eu. Mas bem que 2012 poderia ter me ajudado, né? Às vezes é bom receber as coisas de mão beijada, principalmente quando menos se espera...
Este ano eu deixei de viver. Acho que só cumpri as minhas obrigações e nada mais. Tudo o que sonhei e planejei no ano passado foram por água abaixo. Passei boa parte dos 365 dias só correndo atrás de dinheiro para pagar as dívidas (graças a Deus tenho conseguido encontrar recursos).
Também tive a experiência de morar sozinho por bastante tempo. Vi que não nasci para isso, é um saco. Fazer comida, lavar louça e roupa, limpar a casa... Que coisa chata! Ainda bem que nunca tive essa vontade, mas o destino me obrigou a isso.
Bom, vou analisar os pontos positivos. Neste ano eu e minha namorada ganhamos o Tufão, o cachorro mais doido do mundo. Enche o saco da gente, morde, arranha, suja tudo por onde passa, mas mora no nosso coração. Ainda bem que tenho este Cocker Spaniel para me fazer companhia nos dias de solidão (tadinho de mim).
Outro fato positivo foi a novela Avenida Brasil, a melhor de todos os tempos (o ano foi tão ruim que até uma novela ganha destaque).
Continuar trabalhando no JSBA também é algo que eu tenho que agradecer. É daqui que tiro o meu ganha pão. Foi aqui que encontrei pessoas muito especiais, inclusive aqueles que começaram a fazer parte desta família neste ano (não vou citar nomes para não haver brigas...).
Ter a experiência de viver novamente como uma família tem sido uma coisa bem legal também. Nesses últimos dias estamos (quase) todos reunidos. Falta apenas minha irmã. Tem sido um tempo muito agradável, só não sei até quando será assim...
Para finalizar, tenho que incluir a minha entrada na academia. Demorou, mas criei vergonha na cara. Decidi eliminar a barriguinha saliente e comecei a fazer musculação e Muay Thai. Logo, logo já vou me graduar (eu espero).
Não pensei muito nos planos para 2013. No entanto, já sei que vou mudar a minha atitude. Não vou apenas passar pela vida, sem aproveitar tudo aquilo que posso. O tempo passa rápido demais para desperdiçá-lo na inércia do comodismo. Quero aprender a tocar violão, teclado e bateria. A falar novos idiomas, quem sabe o inglês e o Tailandês. A fazer uma comida que preste. Quero concluir os projetos já iniciados, como a minha especialização e a construção de um quiosque na praia (pelo menos). Quero sair mais com a minha namorada (e ter mais paciência para aturar as chatices dela, hahaha), aproveitar mais a minha família. Quero escrever um livro, plantar um monte de árvores e, quem sabe, ter um filho J.
Espero conseguir cumprir todos os meus desejos. Que Deus nos abençoe. Feliz 2013.

Do que nós vamos lembrar?


Quem diria, já estamos no final do ano... Não sei se foi só para mim, mas 2012 voou. Na verdade passou como se fosse um foguete. Parece que foi ontem que estávamos comemorando o Ano Novo e agora, daqui a poucos dias (se o mundo não acabar hoje, lógico) estaremos comemorando o nascimento de outro Ano Novo. E assim vamos vivendo, cada dia passando mais rápido que o outro, cada ano entrando e saindo de nossas vidas com uma velocidade que chega a assustar (não vá pensar besteira).
A única coisa que nos sobra são as lembranças do que fizemos nesse longo-curto tempo. E aí, o que vamos lembrar no futuro? Cada um vai escolher o que deseja guardar para si. É claro que nem sempre tudo o que vivemos são coisas boas, as coisas desagradáveis estão presentes no nosso dia-a-dia. No entanto, o que define a felicidade não são as coisas que você possui, mas como você decide encarar o seu atual momento. Felicidade não é um alvo, algo que possa ser alcançado. Felicidade é um estado. Ou você está ou não está feliz. É um sentimento momentâneo. Não existe felicidade eterna.
Tem gente que não consegue se concentrar naquilo que vale realmente a pena. Prefere recordar aquilo que fez mal. Ficar remoendo dia e noite os problemas, muitos dos quais já até se prescreveram de tão antigos, não vai ajudar em nada, muito pelo contrário, vai transformar você em uma pessoa indesejável. Afinal, todos têm problemas. Por que os seus são mais importantes? Assim como cada um fez a escolha de como criar os problemas, cabe a cada um procurar soluções para eles. É bom que se diga que, para muitos casos, o esquecimento é a melhor solução.
Bom, se as memórias negativas são quase que inevitáveis, o jeito é tentar fazer com que elas se transformem em aprendizado. Vão nos incomodar por um tempo, no entanto, depois nos guiarão a um caminho sem traumas. Os cientistas dizem que o medo fica mais registrado em nossa memória, justamente pelo fato de os nossos antepassados terem de se lembrar dessas situações para, na próxima vez, saberem se defender e agir rapidamente.
Pois é, tem certas experiências que marcam a nossa vida. Momentos que definem quem nós somos. Oportunidades que, dependendo de como serão aproveitadas, mudarão o rumo da nossa história. Nosso presente é curto. Na verdade é curto demais. Dizem que ele dura apenas 3 segundos. Exatos 3 segundos. Um tempo que não volta. Um período que deve ser explorado ao máximo. Que deve ser pensado ao máximo. O que fizemos ontem, nos mostra quem somos hoje. E como agimos hoje, será nosso cartão de visitas amanhã.
Máscaras não podem encobrir quem realmente somos. As ilusões uma hora acabam. E as desculpas não são capazes de apagar as marcas deixadas por nossos atos. Somos tudo aquilo que fazemos. Tudo. Seja bom, ou não.
O ser humano vive de passado. Somente as lembranças o movem. Inacreditável, não é? A nossa felicidade depende única e exclusivamente das nossas lembranças. Por isso faço o pedido de que estes 3 segundos que nós temos não sejam os causadores da sua tristeza no futuro. Que hoje você plante algo que, amanhã, vai gostar de lembrar. Pense direito antes de agir. Construa os seus valores. Viva intensamente, claro! Mas sem fazer nada que você possa se arrepender amanhã. Tenha consciência dos seus atos, saiba que eles terão consequência. E, às vezes, você poderá deixar de viver coisas novas e incríveis porque, lá atrás, não soube esperá-las. 

O dinheiro move o mundo


Acho que o que está em jogo para ser discutido é o discurso dos ‘ambientalistas’ e o dos ‘desenvolvimentistas’. Hoje em dia parece que tudo o que se faz para desenvolver é errado, e tudo o que se faz para conter os impactos ambientais é movido por interesse particulares. E grande parte, de fato é.  
Sempre temos a ideia de que no Brasil tudo o que se precisa para fazer qualquer é ter dinheiro, com dinheiro tudo é possível. E, assim sendo, os espertinhos de plantão aproveitam para ganhar um extra. Afinal, para os dois lados é vantagem. A política brasileira nos dá o belo exemplo da corrupção. Em muitos casos é melhor gastar dinheiro do que tempo.
Quando alguém projeta algo grande já sabe os desafios que irá encontrar. Mais que a burocracia vigente para conseguir tudo o que se precisa, outras séries de perrengues aparecem pelo caminho. Como todo mundo sabe, para pular etapas e acelerar o processo é preciso desembolsar um agrado... E quando não soltam, o negócio fica complicado.
Bom que entenda, caro leitor, que não estou acusando ninguém. Apenas cito, de maneira geral, o que acontece. Um bom exemplo é a cobertura da imprensa sobre certos temas. A mídia parece criança mimada, quando não ganha nenhuma fatia do bolo começa a chorar, espernear e gritar, até receber alguma recompensa. E depois fica tudo certo, tudo lindo.
Outro ponto que sempre gera muito debate é a atuação dos ‘ambientalistas’, grande parte integrante de Organizações Não Governamentais. Está certo que, de vez em quando, fazem um trabalho legal. Muitas, inclusive, prestam um importante papel social. No entanto, convenhamos, tem ONG pra caramba no Brasil. Só em Santarém tem mais de uma centena. Se não fosse algo interessante ($$$) não haveria tantas, não é?
Para fechar, penso que Santarém precisa crescer (ordenamente). Estamos no século 21, com o sonho de ser tornar a capital do novo estado, então precisamos pensar modernamente. Chega de pensar que por pertencermos a Amazônia, nós devemos viver como índios, ou favelados. Está na hora de despontar. Na verdade já passou da hora. Se for para lutar pela defesa do meio ambiente, que seja. Se forem abrir a boca para defender a natureza, que isto não seja só em busca de interesses pessoais. Afinal, é uma causa justa.
Ah, para terminar, quando foi mesmo que começaram as obras na Fernando Guilhon? Pois é, mas as autoridades só viram agora. Estranho, não? 

Tributo ao Mapiri e Lago do Juá


Manuel Messias de Sousa Santos


Ao cair da tarde eu contemplava,
Onde no passado foi um paraíso.
Hoje área devastada, troncos secos e folhagens mortas.
Queima-me o peito me escapa o sorriso,
Em ver um pedaço da natureza morta.

Esse recanto que eu amava tanto,
Hoje olho com saudade e tristeza.
Não posso conter o pranto,
Em ver o que fazem com a mãe natureza.

Aqui, onde na infância,
Passei os melhores dos meus dias,
Percorrendo este torrão.
Atrás dos peixes do cantar dos pássaros,
Mergulhando nas águas da solidão.

Hoje vejo tua incumbência enferma.
Feriram-te a golpes de motor serra e máquinas pesadas.
Mas mesmo assim resiste na tua bondade.
Dando sustento aos verdadeiros algozes da modernidade.

Se eu pudesse a eles pediria!
Que não praticassem tanta maldade.
Com quem purifica o ar, lhe dá o alimento.
Porque mais tarde vai sentir saudade.

A estes retiros das minhas lembranças,
Que é a razão da minha inquietação e pesadelo.
Quero deixar nestes versos: a ti Mapiri e Lago do Juá.
Minha gratidão pelo que vi,
E minha solidariedade pelo que vejo.

O mês da reflexão chegou (estou atrasado...)


O último mês do ano chegou e com ele veio toda a melancolia que se possa imaginar. Como de costume, o início de dezembro é marcado por muita chuva e um clima que parece não combinar com Santarém. Todo aquele calor é substituído por uma temperatura mais agradável. Tem uns que ousam dizer que até faz frio, mas acho que seria um exagero. Frio, frio, não faz. Acho que nem chega perto. No entanto já é uma melhora substancial. Pelo menos agora se pode dormir sem ar condicionado, de vez em quando. Porque tem dias que o caldeirão ferve do mesmo jeito.
Com o clima de Natal já pairando sobre nós, também, uma sensação diferente vai nos preenchendo. Não sei explicar direito o que é, só sei que todo ano acontece a mesma coisa. Na verdade é um tempo que nos força à reflexão.
É em dezembro que avaliamos como foi o nosso ano e projetamos o próximo. Tem aqueles que anotam as metas que buscam realizar durante os 12 meses vindouros, é uma forma de lembrar o que foi proposto para si mesmo. Outros, apesar de não registrar em nenhum lugar além da memória, também procuram realizar aquilo a que se propuseram. Grande parte sempre visualiza as conquistas materiais, até porque só dependerá do esforço da própria pessoa. Aí fazem a listinha com smartphone, notebook, moto, carro, casa. Outros preferem as conquistas profissionais. Passar em uma boa faculdade, se formar, arrumar um emprego, ser promovido. E há, ainda, os que miram as realizações pessoais. Viver um grande amor, casar, ter filhos...
Esses planos serão um reflexo do seu presente. Se neste ano você alcançou muitas conquistas, claro que no ano que vem você vai querer muito mais, principalmente coisas diferentes das quais você já conseguiu êxito. No entanto, se você fez quase nada em 2012, com certeza suas exigências serão bem menores para 2013. Afinal, não adianta querer o impossível se nem o possível foi capaz de realizar.
Eu já estou fazendo os meus desejos para o Ano Novo, espero que o Papai Noel possa me ajudar a realizá-los. Sei que será um ano diferente, um ano promissor, cheio de desafios e superações. Um ano em que o trabalho não dará folga, mas a recompensa será grande.
Fico até meio sem jeito de já estar falando do próximo ano sem que este tenha terminado. De fato ainda nos resta mais de meio mês, tempo suficiente para fazer um monte de coisa. Quem sabe este seja o tempo necessário para realizar aquilo que durante o ano não foi possível, não é? Uma coisa é certa, não deixe para o ano que vem o que pode ser feito neste...



Um bando de sem educação


Falar de trânsito em Santarém não é novidade. E é por isso que esta discussão se torna mais importante. Ora, se é algo tão comum, por que nada é feito para mudar? Sinceramente, eu não sei. E por não saber que vou escrever este texto.
Como sempre, gosto de avaliar os diversos fatores (segundo a minha humilde visão) que possam fazer parte do referido contexto. Pois bem, vamos aos fatos.
Creio que o principal problema que as mais distintas sociedades enfrentam ocorre por falta de educação do seu povo. Se tivéssemos educação, nossas cidades seriam muito melhores. E não cito educação aqui como grau de instrução. Tem gente que possui um alto nível de escolaridade, mas é um tremendo de um irresponsável. Vamos aos exemplos. Temos a incrível mania de achar que a rua é lixeira. E, assim, depositamos o que bem entendemos nela. Juntar o seu lixinho e jogar em lugar apropriado parece uma missão que requer muito esforço e, por isso, quase nunca é realizada. Mas quando nossas ruas estão cheias de sujeira e com um cheiro nada agradável, não cansamos de reclamar.
Isso se aplica ao trânsito (e a todas as áreas de nossa vida). Quando estamos no controle de algum veículo, nos achamos em posição de controle, fazendo tudo o que bem entendemos. Não respeitamos a sinalização, não respeitamos os outros condutores, não respeitamos os pedestres, enfim, não temos a mínima educação. E aí é que está o grande problema. Nada funciona se não tiver ordem. Achamos ruim, mas somos tão medíocres que só funcionamos na pressão. Se não tiver ninguém fiscalizando, punindo, não agimos certo. E depois falamos dos políticos, quanta hipocrisia. Quem erra no pouco, com toda a certeza também errará no muito.
Todos os dias, ao trafegar pelas nossas belas e perfeitas ruas, vejo diversas irregularidades sendo cometidas. Se fosse uma ou outra, ainda dava para deixar passar e dizer que foi apenas uma exceção, no entanto já é algo tão comum, tão na cara, que não tem mais como fechar os olhos. Aí que entra a outra ponta da corda. Cadê as autoridades do trânsito? Não adianta só sair às ruas quando querem uma ‘merenda’. Até porque não é para isso que os pagamos. Olha só a situação em que nos encontramos. Pagamos (por meio de nossos impostos) os agentes de trânsito para desenvolverem o seu trabalho, que consiste, entre outras funções, a de organizar e fiscalizar o trânsito municipal. Só que em vez de fazerem isso, ficam inertes ao problema, como se ele não existisse. E quando pegam alguém cometendo alguma infração, puni-lo é a última coisa em que pensam. Claro, o bolso está mais perto. É bom que se diga que não são todos. E outra, vamos falar a verdade, quem pratica um negócio desse é tão errado quanto quem aceita.
Enquanto Santarém continuar vivenciando essa situação, os números de acidentes continuarão a crescer, juntamente com o índice de mortes. As ruas, além do lixo, também já estão se avermelhando. As verbas gastas em reabilitação a cada dia são maiores, enquanto que a prevenção, muito mais em conta, é jogada pelo ralo. Faixas de pedestres não significam nada para nossos motoristas. O sinal amarelo significa, no dicionário popular santareno, acelera que dá!
E assim vamos seguindo nossos dias, saindo de casa sem saber se voltaremos ou não, vendo nossos conhecidos, amigos e familiares chorando por ter alguém vítima de um trânsito assassino, comandado por irresponsáveis sem educação.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Uma reflexão sobre a montanha russa da vida



A nossa vida é uma montanha russa. Um sobe e desce sem fim. Às vezes tão rápido que nem dá tempo de abrir um sorriso, ou soltar uma lágrima. Se hoje estamos lá em cima, amanhã podemos não estar. E assim vivemos, nesse vai e vem infinito, sem ter certeza de quase nada.
Acho incrível como as coisas, a cada dia, passam mais rápido. Como nossa alegria se transforma em tristeza em segundos, e vice-versa. Como o mundo cabe na tela de um computador e como isso influencia a nossa vida.
Uma ligação, por exemplo, pode conter tantas emoções escondidas que nem fazemos ideia. E quando fazemos, muitas vezes nos decepcionamos. Esperamos uma coisa e recebemos outra. Tem vezes que nem queremos atender, já prevendo o que vai ser.
Apesar de cada ser humano ser único e individual, individualmente não se consegue nada. Nem mesmo a felicidade. Precisamos dos outros para quase tudo. Ninguém é capaz de viver sozinho, ou para si mesmo.
Nada será eterno. Os sentimentos estão em constantes mudanças. Hoje você é feliz, amanhã não. Hoje você ama alguém, amanhã talvez não. Os bens materiais se transformam. Bilionários ficam pobres, e miseráveis tornam-se ricos. Empresas poderosas falem. Empresas meia-bocas viram potências de mercado. Nem mesmo o melhor sempre estará melhor. O Messi nem sempre dará show. E olha só, o Palmeiras, time com mais títulos nacionais, e considerado o melhor clube do Brasil pela CBF, também não está livre da montanha russa da vida. Há alguns meses comemorou o bicampeonato da Copa do Brasil, agora está chorando pelo birrebaixamento à Série B do Brasileirão...
Das pessoas não sabemos o que esperar. Em mesmo quando não esperamos nada nos surpreendemos. Brigamos pelo pouco e não choramos pelo muito. Perdemos tempo com besteiras e dedicamos poucos minutos ao que realmente vale a pena. Somos mesquinhos, orgulhosos e prepotentes. Vivemos de julgar os outros, mesmo que inconscientemente. Consertamos, imaginariamente, a vida de todo mundo e nem olhamos para o bagaço da vida.
Vivemos influenciados pelos outros. Olhamos para os mais pobres para nos sentir superiores, agradecendo por termos condições melhores. E olhamos para os ricos desprezando-os, como se ter dinheiro fosse algum crime.
No sobe e desce da vida vamos seguindo nossos dias sem saber o que esperar da próxima curva. Talvez isso é o que nos faz sentir vivos. Se já soubéssemos o que iríamos enfrentar, que graça teria? 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

E não é que o boto existe?!


A lenda que não é lenda. A Amazônia está cheia de filhos de boto.

Já estamos cansados de tanto ouvir sobre as riquezas da Amazônia. Um lugar que chama a atenção do mundo, seja para a exploração, seja para a preservação. Uma terra cheia de maravilhas e encantos, com infinitas potencialidades. Que possui recursos naturais que se transformam em quantias exorbitantes de dinheiro. Madeiras que valem ouro. Ouro que compram mansões. Mansões que abrigam poucas pessoas, muitas que nem daqui são. Uma realidade que em muito se contrasta com a absoluta maioria dos moradores da região.
Enquanto a riqueza é compartilhada por poucos, a população da Amazônia, em geral, perece. Muita gente vive como se vivia há 100 anos. Tecnologia? Desenvolvimento? São palavras que não se aplicam à realidade deles. Em algumas comunidades ribeirinhas, a neta se vê obrigada a seguir os mesmos passos da mãe, que por sua vez, seguiu os da avó. Um ciclo natural, que parece estar longe de ter um fim. Culpa de quem?
Se você, leitor, já viajou de barco para Belém, com certeza notou, ao longo do trajeto, a grande quantidade de balseiras que ficam espalhadas pelo rio. Pessoas que não têm outra opção na vida a não ser vender os poucos produtos que conseguem extrair da natureza, pedir migalhas dos viajantes, ou então se prostituir. Aí que surgem os filhos dos botos. Crianças que crescem sem saber quem é o pai. E, muitas vezes, nem a própria mãe sabe de quem é o filho, já que não possui parceiro fixo. Como não tem nenhum ganha-pão, a alternativa que as mulheres encontram é trocar sexo por presentes. A cada novo navio, uma nova oportunidade.
Em certas localidades onde a energia elétrica não chegou, a vida é movida pelos geradores à óleo diesel, e este produto torna-se indispensável. Sem dinheiro, sem trabalho e sem oportunidades, o meio encontrado para tê-lo não é o mais fácil, a prostituição. Aliás, esta realidade foi tema de reportagem da edição deste mês da revista National Geographic Brasil. Aproveitando o gancho, resolvemos trazer a discussão para o “Argumento da Redação” e debatê-lo mais intensamente.
Como já disse, é um problema de longa duração, em que os envolvidos já estão tão acostumados que não causa nenhum tipo de constrangimento viver assim. Foi a solução encontrada. Na verdade eles nem consideram prostituição. Mas, apesar de ser uma realidade comum para eles, ao sabermos que pessoas tão próximas de nós passam por isso, é revoltante. Como pode haver uma região tão rica em que seus moradores vivam dessa maneira? Mas, será que, realmente, eles não têm outra solução? São condenados a repetir esse ciclo sem que tenham alguma esperança de mudança? Diversos fatores poderiam ser analisados. Muita coisa apontada.
De vez em quando até que surge alguma menina que tenta quebrar a corrente do destino e traçar um novo rumo para sua vida. Porém o caminho é árduo. Com a família passando necessidade, e o abismo que se forma a sua volta, parecendo tudo tão distante de suas mãos, a única solução visível é repetir o mesmo cenário que persiste há décadas. Quem resolve estudar e sonha com uma vida melhor, muitas vezes recebe a desaprovação dos pais. Como pode perder tempo estudando se a barriga está vazia?
O Governo Federal, apesar de toda a propaganda, continua longe dessas pessoas, assistindo com normalidade a tudo isso. Os postos de trabalho característicos desses lugares, como a exploração de madeira, são fechados. Sem trabalho e sem medidas que mudem, de fato, a realidade dessa população, as meninas, mulheres e anciãs continuam esperando na imensidão do rio pelo navio que vai garantir o sustento da vida. E esperando em cada capitão um boto.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Parabéns pra você!


Nesta semana nós comemoramos o aniversário de alguém muito especial. Alguém que sempre está presente nos acontecimentos que marcam a vida dos santarenos. É impossível passar despercebido, por todo lado que se olha ele está lá, pronto para auxiliar, prestando informações e ajudando a quem precisar.
Às vezes ele também pega pesado, dá puxão de orelha em quem está errado, e, claro, também erra. Mas uma coisa é certa, sempre podemos acreditar no que fala. Não dá conselhos falsos e nem age de má fé. Nunca quer prejudicar ninguém, aliás, sempre pretende justamente o contrário, denunciar quem prejudica as pessoas. No entanto, apesar de ser crítico, não é polêmico. Não faz burburinhos, nem cria mentiras para se promover. Na verdade ele odeia fofocas.
Tem muita gente que gosta dele (e, claro, também tem quem não goste). Sempre recebe vários elogios, às vezes fica envergonhado, já que não é do seu feitio receber gentilezas de outras pessoas. Gosta de ficar neutro, não toma partido, porém não fica em cima do muro, esperando ver qual time vai ganhar. Tem seus princípios, suas filosofias, e as segue à risca.
Esta semana ele comemorou mais um aniversário. Está quase chegando na sua quarta década de vida. Para uma criança isso é uma eternidade. Para um idoso ele ainda tem muito o que aprender. Para os amigos ele é inseparável. Para a família ele é motivo de orgulho. Para ele é apenas mais um dia de batalha, como tantos outros. Um dia em que tudo pode acontecer, ou nada pode acontecer.
E é dessa forma que ele viveu até hoje, com a expectativa do novo, do diferente, do fascinante. Procura fazer de cada dia um dia único. De cada semana uma semana melhor. E de cada aniversário um ano de reflexão. Ele sabe das dificuldades melhor do que ninguém, e é nelas que encontra motivação para existir. Mas, também, nem só de dificuldades vive. Sabe ser engraçado, romântico e sonhador. Conta piadas, recita poemas e luta pelo que acredita.
Eu tive o prazer de conhecê-lo desde pequeno. Sempre fiquei muito feliz por tê-lo em nossa cidade e por representá-la tão bem. E uma das minhas grandes alegrias foi quando comecei a fazer parte da mesma família que ele. Uma família especial e que, apesar das diferenças, trabalha em favor do mesmo objetivo. Uma família que brinca e briga, mas sabe que sua missão é muito grande para perder tempo com besteiras.
Enfim, parabéns JSBA pelos seus 38 anos. Muito obrigado por existir. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

E a natureza faz todo o trabalho que cabe ao homem

Um lugar para contemplar lixo, sujeira e cheiro de bosta


Santarém nasceu em um lugar abençoado (e estratégico). Ganhou de presente tudo aquilo de que precisa para se desenvolver e se tornar uma cidade exemplo para o Brasil (e para o mundo). Tem um enorme potencial turístico a ser (sustentavelmente) explorado. São praias, rios, lagos, comunidades... E segue a lista interminável de belezas naturais. Ainda mais nos últimos anos quando o ecoturismo ganha mercados cada vez maiores. Além dessas características geofísicas mencionadas, ainda teve a oportunidade de, ao longo da história, formar um povo feliz, mesmo com todas as dificuldades vivenciadas. Gente simples, mas que sabe tratar bem o próximo. Uma população marcada pela humildade e pelo bom coração. Com história e cultura esplêndidas. Enfim, um cenário desejado por milhares de cidades pelo mundo afora.
No entanto, isso não basta. É preciso que o homem faça a sua parte, preservando o que tem de ser preservado e aproveitando o que há para ser aproveitado. Não adianta ter tanto potencial se isso não se reverter em benefícios para a população. E, infelizmente, é o que tem acontecido. A praia de Alter do Chão, por exemplo, tem se vendido sozinha. Foi assim que, por duas vezes, foi notícia em um jornal inglês como uma das praias mais bonitas do Brasil. No entanto, a mídia a vende de um jeito muito mais superior do que ela realmente é. É linda, mas não apresenta estrutura para competir de igual para igual com outros pólos do Brasil. Já passou da hora dos governantes desta querida terra acordarem do sono profundo em que vivem. Chega de tanta moleza.
Mas também não adianta fazer só por fazer. Sé é para gastar o dinheiro público com obras indignas da grandeza da história santarena, melhor deixar como está. Uma delas é a construção do Parque da Vera Paz. Lá foi resultado da parceria da Prefeitura com o Governo Federal. Um lugar feito para contemplar o mato e sentir o cheiro da fossa a céu aberto que é no local. Na época da cheia, pelo menos, as águas encobrem o lixo e a sujeira que reinam em Santarém. Afinal, para contemplar merda não é preciso sair de casa. A inteligência de certas pessoas me assusta. Como podem despejar tudo que não presta em frente à cidade? Um lugar tão bem guardado na memória dos santarenos se transformou em um alagado desprezível. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O ano já acabou?




Não, o ano ainda não acabou, mas esqueceram de explicar isso para a Prefeitura de Santarém. Infelizmente ainda é este o tipo de governo praticado no Brasil, uma política de interesses. Ou quais seriam as explicações para que tudo, de uma hora para a outra, empacasse? O caso mais grave e que mais repercutiu na mídia e nas ruas da cidade foi a falha na coleta de lixo. Bastou ficar uns dias sem que a empresa responsável recolhesse o lixo para Santarém se transformar numa bolha de sujeira e mau cheiro – o que também não é muito difícil. Juntar um Poder Público ineficiente com uma população sem educação ambiental dá nisso.
Mas, apesar de gravíssimo, esse não foi um fato isolado. Quem mora ou transita pela Avenida Muiraquitã também notou a forma interesseira de como Santarém tem sido governada. Nos dias em que antecederam as eleições, a Prefeitura começou a atuar naquela avenida, no perímetro que compreende a Avenida Curuá-Una e Avenida Sérgio Henn. Fizeram limpeza, tapa-buraco e começaram um recapeamento (se é que se pode chamar aquilo de recapeamento). Os trabalhos, por incrível que pareça, durou apenas até o dia 6 de outubro. Um dia depois ocorreram as votações. Aguardei até hoje, pensando que talvez tivesse ocorrido algum contratempo nas obras, e que depois seriam retomadas, mas depois de quase um mês nada foi feito. E a avenida ficou lá, com quase toda a extensão arrumada, ficando, apenas, um pequeno trecho esburacado. Afinal, não haveria (outro) motivo para não completar o serviço. Pelo que eu me lembro, prometeram manter as obras até o dia 31 de dezembro. Devo ter ouvido errado, só pode. Na verdade o que queria dizer era o seguinte: “se a nossa candidata ganhar, aí sim as obras continuarão até o final do ano”. E lá não é o único local. No Santarenzinho a população protestou por causa das obras paradas. Já surgiram, também, os burburinhos de que tem servidor municipal com o salário atrasado.
Como em um campeonato, quando se chega a determinada parte da tabela, você nota que apesar dos esforços, não vai conseguir nada em troca. Para que jogar bem e ganhar as partidas se não há chance de ser campeão? Pelo que parece, é assim que muitos governantes têm pensado. Já que perderam as eleições, o povo que se dane. Para que terminar o mandato? Também, não sei se teria diferença, já que Santarém nos últimos anos pareceu uma cidade abandonada.
O bom é que com isso a população tem a convicção de que fez a escolha certa, não elegendo pessoas descomprometidas com o interesse público. Se o próximo representante agirá da mesma forma só nos resta esperar. A chance será dada e cabe a ele decidir de que lado ficará.
Enquanto isso resta às pessoas torcerem para que o ano acabe logo, passe voando, para que a tormenta acabe e, enfim, Santarém viva um momento melhor. Se ainda o governo atual tinha um saldo positivo com o povo, acabou de perder. E – para ele – não fará diferença, afinal o povo só é lembrado nas vésperas das eleições.



segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O errado, se muito praticado, passa a ser certo?


Outro dia eu estava passando pela Avenida Tapajós quando vi uma cena muito comum no cais de arrimo: ciclistas circulando tranquilamente pelo local. Achei por bem tirar uma foto, justamente no momento em que um deles passava pela placa que sinaliza a proibição. Para piorar, quando olho para o outro lado da rua, noto a presença de um guardinha da Secretaria Municipal de Transporte. O que ele fez? Nada. Nem mesmo deve ter percebido a irregularidade, aliás, como boa parte da população. Vou usar este caso para ilustrar os meus argumentos futuros.
As pessoas têm mania de reclamação. Eu mesmo, neste texto, vou reclamar de um monte de coisa. Está em nossa natureza, correndo por nosso sangue, inserido em nosso DNA. Não temos como fugir dessa realidade. Desde o momento em que nascemos o nosso sensor de reclamação começa a funcionar, e cada dia funciona mais.
Nós temos a incrível mania de achar que o problema só está no outro. Falamos dos políticos que roubam milhões de reais, dos grevistas que não querem trabalhar, das indústrias que poluem a natureza, dos ribeirinhos que só vivem do Bolsa Família, do governo que sobrevive pelas migalhas distribuídas aos pobres, dos chefes que só nos fazem trabalhar, das mulheres que são piriguetes, das pessoas que usam o banheiro sem fechar a porta... Blá, blá, blá.
Se o tamanho da língua fosse documento, tem gente que se daria bem. Por que não olhamos para o nosso umbigo? Certamente porque acharemos defeitos. E claro que é muito mais divertido apontar os defeitos alheios. Com certeza você já deve ter ‘achado’ dinheiro na rua (ou sabe de alguém que encontrou). E, sem dúvida, deve ter se apropriado dele. Muitos ainda agradecem aos céus pela ‘benção’. Mas, espera aí, o dinheiro era seu? Não. Então por que pegou? E esse é só um exemplo. As coisas já se tornaram tão comuns que até causam espanto quando são feitas da maneira certa.
E por aí vai. Passamos pelo sinal fechado, ultrapassamos pelo acostamento, estacionamos em cima das calçadas, não paramos na faixa de pedestre, jogamos lixo em qualquer lugar, pichamos e destruímos o patrimônio público, criamos boatos, ofendemos o próximo, obtemos vantagens, vendemos o voto, roubamos, mentimos... Ou vai dizer que não? Mas para responder, espere um momento, olhe para o seu umbigo primeiro.
Não podemos esperar um futuro melhor se nós não fizermos nada no presente. Não adianta eu criticar um político, se na verdade sou igual a ele. Não adianta eu xingar o meu vizinho se eu sou pior que ele. Não adianta eu só reclamar, reclamar, reclamar se não fizer nada para mudar. “Você tem 10 segundos para pensar nisso!” (Hihihi). 

domingo, 28 de outubro de 2012

Ela se foi

O dia ja amanheceu e eu não consegui dormir
Fico me perguntando por que não está aqui
Será que todo amor que eu dei
Não foi o bastante pra você?

As minhas noites nunca querem acabar
Esperando o sol nascer, fico a chorar
Quem sabe um novo dia
Me traga novamente você

Minhas esperanças morreram pelo caminho
E eu cada dia fico mais sozinho
Sem saber o que fazer
Sem saber onde está você

A minha vida se reduziu ao nada
Não tenho mais direção nesta estrada
O meu mundo inteiro caiu
No dia em que você partiu...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sempre é bom discutir, mesmo o que não se deve



Sobre religião, política e futebol não se discute, já diziam as sábias línguas. Desde que nascemos ouvimos isso. No entanto, muitos (eu) pensam justamente o contrário, de que esses temas deveriam, sim, ser levados em consideração. Mas não tem jeito, sempre que entram em pauta causam muita polêmica. Tem gente que vira o cão para defender aquilo que acredita. É de conhecimento popular, por exemplo, que o PT é um partido medíocre e que o Corinthians é uma vergonha, né? Só que, por mais incrível que possa parecer, tem gente que acredita e torce por essas entidades. Bom, não se pode esperar outra coisa também, afinal, eles próprios admitem que sejam loucos. Haha. Calma, respira... Estou apenas brincando (ou não?).

Eu acho que outra palavrinha também se encaixa neste cenário. Amor. Olha, não sei com vocês, mas para muita gente (eu) entender o amor é mais difícil do que entender quem vota no PT (e isso exige muita, mas muita compreensão). Novamente peço perdão pela brincadeira.

O que mais se escuta das mulheres, seja qual for a idade, é que elas querem um ‘cara que pensa em você toda a hora, que conta os segundos se você demora, que está todo o tempo querendo te ver, porque já não sabe ficar sem você. E no meio da noite te chama, pra dizer que te ama’. Sempre pedem a Deus um homem carinhoso, fiel, companheiro... Do jeitinho que o Roberto Carlos canta em sua nova música.

Um ‘cara que pega você pelo braço, esbarra em quem for que interrompa seus passos, que está do seu lado pro que der e vier, o herói esperado por toda mulher. Por você ele encara o perigo, seu melhor amigo’. Sonham com um herói, um príncipe, um guerreiro... Ou vai dizer que não?

Aquele ‘cara que ama você do seu jeito, que depois do amor você se deita em seu peito, te acaricia os cabelos, te fala de amor, te fala outras coisas, te causa calor. Que te faz feliz e que te adora, que enxuga seu pranto quando você chora. O cara que sempre te espera sorrindo, que abre a porta do carro quando você vem vindo, te beija na boca, te abraça feliz. Apaixonado te olha e te diz, que sentiu sua falta e reclama, ele te ama’.

Desejam ter alguém para vida toda, que compartilhe todos os momentos de alegria, e que nos de tristeza, esteja ao lado, como um porto seguro. Que não se importe com o resto do mundo, que faça tudo para te ver feliz.

Nossa, que sonho encantado, que cara perfeito! Qualquer mulher seria feliz ao lado de um homem desses, né? Um cara que respeita a sua opinião, que é romântico, cavalheiro... Mas, não é bem assim que o bonde anda. Essa história de príncipe encantado, na verdade, só existe nos livros e no cinema. Na realidade as coisas são bem diferentes. Apesar de toda mulher falar que essa seria a descrição do parceiro perfeito, quando encontram alguém assim, acham tudo muito chato, muito sem graça, e não dão o devido valor.

As mulheres querem aventura, não compromisso, esse é o bem da verdade. Aquele papinho de que elas anseiam encontrar o amor perfeito não passa de ilusão. Pena que muitos navegantes caem no canto da sereia. A mulher não quer ter alguém certinho ao lado, ela quer ter um cara que não segue regras, que faz tudo errado e que não dá valor a ela. Ou por qual outro motivo existiriam tantos cafajestes por aí? Já reparou que eles fazem o maior sucesso? Pois é... São amados pelo time feminino.

Enquanto que aquele pobre romântico, que escreve cartinhas e compra chocolates para a amada, é super cafona. “A grama do vizinho sempre é mais verdinha”. Essa frase cai como uma luva. Quer dizer, as mulheres sempre falam que quem é assim é super fofo. Mas, na verdade, nunca o namorariam. Só é perfeito quando está ao lado de qualquer uma que não seja ela.

A sorte é que a vida ensina. O cara vai continuar sendo todo fofinho até o dia em que ele parar para pensar e ver que isso não está com nada. Que, para as mulheres, homem tem que ser canalha. O dia em que se der conta disso, aí sim vai encontrar a felicidade. E, quem sabe, depois a moça vai perceber que tudo o que ela queria era aquele bobo, grudento e fiel namorado.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ser adolescente faz bem (às vezes)




Tem vezes que dá uma vontade de jogar tudo para o alto e sair correndo. Outras, de pegar tudo o que se vê pela frente, sem que nada escape pelas mãos. Temos dias maravilhosos, entretanto outros que fazemos de tudo para esquecer. Se esta semana foi boa, talvez a outra não seja. E assim a vida vai, dia após dia.

Esta semana eu li sobre a invenção da juventude. Na verdade sobre a adolescência, aquela fase rebelde que todos nós passamos, que compreende o período entre a infância até a vida adulta. Para uns a adolescência dura menos, para outros mais, no entanto todo mundo enfrenta esses anos ‘complicados’. E isso serve para que ele realize coisas que, muito provavelmente, nunca faria em outra época de sua vida, como pensar em fugir de casa, fazer tatuagens e colocar piercings, ou adotar o estilo roqueiro. Em muitos casos, quando a coisa não fica só no pensamento, a pessoa carrega o estilo até o final da vida. 

O termo adolescente só começou a ser usado em 1898, quando o psiquiatra americano Granville Stanley Hall adotou a expressão para caracterizar as pessoas que passam por esta transformação. Antes disso, ou se era criança ou adulto. Vale lembrar que puberdade nada tem a ver com adolescência. Apenas coincide de acontecer na mesma época. 

Pois é, infelizmente, para muitos, esse sonho de revolução se restringe apenas a esta época. Passando disso, tudo volta ao normal. À mesma correnteza lenta e previsível da vida. Você acorda para trabalhar e dorme para acordar. No meio disso você realiza refeições. Nada demais. Nada de emoções. Nada de nada. E os anos vão passando, os traços da idade aparecendo e você continua na mesma vidinha. Aguentando o patrão chato, atendendo às ligações de cobrança dos bancos, aturando os relacionamentos... 

Aí você começa a lembrar daquela época em que tudo era tão fácil. Podia fazer o que bem entendesse. Se não quisesse, era só dar um jeitinho e pronto. Responsabilidade? Nem fazia ideia do que era. Obrigações? As únicas eram ter de escovar os dentes e ir para escola. Pressões? Só se for da espingardinha preparada para atirar em passarinhos ou latinhas espalhadas pelo quintal.  

Tudo parecia tão lindo. Parecia... E era! Pena que passou, e passou tão rápido... Agora nos resta acordar, dormir... E sonhar. Bom, quanto a mim, vou voltar ao trabalho, afinal, agora, tenho responsabilidades, obrigações e muita pressão. A você, que está lendo, tenha um bom final de semana.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Geoturismo ganha destaque em Santarém



A modalidade, apesar de recente no município, tem agradado os praticantes. “A ideia é estimular a população a ter essa vontade de conhecer os ambientes do meio físico aqui da região, que são muito bonitos. Quem não conhece Santarém, por exemplo, fica encantado quando a visita. E parte dessa beleza toda é a geologia, é a geomorfologia, é o relevo do lugar. A intenção é fazer com que seja uma prática na população. Fazer trilhas, conhecer, explorar esses ambientes”, explica a pesquisadora da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Deize Carneiro.
O Geoturismo passou a ganhar destaque no Brasil a partir dos anos 90. E assim como o Ecoturismo, busca um turismo sustentável. O que há de diferente é que o Ecoturismo valoriza os ambientes bióticos (fauna e flora), enquanto que o Geoturismo dá atenção aos elementos abióticos, principalmente para rochas e para o relevo. Talvez a maior diferença esteja mesmo no conhecimento que a população tem acerca desse tipo de turismo. Em Santarém a prática começou somente no ano passado. No Brasil inteiro a realidade também não é tão distante da encontrada aqui. Mesmo depois de duas décadas, poucos estudos e publicações são realizados no país.
Boa parte disso se deve pelo forte apelo que tem sido exercido pelos ambientalistas em torno da preservação da flora e da fauna, esquecendo que o ambiente abiótico exerce grande influencia nesse cenário, e um precisa do outro para existir. “O Geoturismo vai valorizar mais os ambientes abióticos, não só a biodiversidade, não só a ecologia dissociada dos solos, das rochas, do relevo. Tudo é integrado. Esse movimento de geoconsevação é um pouco disso, de despertar na opinião pública esse valor. Os ambientes abióticos não são menos importantes do que os bióticos”, ressalta Deize Carneiro.
Santarém é um paraíso na Amazônia, repleta de belezas naturais e com muito potencial turístico. Apresenta uma paisagem deslumbrante, tem cultura própria e uma vasta história. No entanto a população aproveita pouco tudo que a cidade oferece. Pensando nisso, o Instituto de Engenharia e Geociências da Ufopa conta com o projeto de extensão ‘Roteiros Santarenos: geologia, história e turismo’ para tentar despertar nas pessoas o interesse sobre o patrimônio geológico, criando uma consciência ambiental mais apurada e expandindo o conhecimento acerca da própria região. Um dos destaques do Geoturismo é justamente esse, agregar o turismo ao lazer e ao conhecimento. Ele está associado a três pilares principais: Geodiversidade, Patrimônio geológico e Geoconservação e envolve, também, arquelogia e história, entre outras áreas.
“A gente vê que a população tem essa exigência. É muito legal quando a gente realiza algum trabalho de campo, que as pessoas do local ficam curiosas em saber o que a gente está fazendo, e acompanham, mostram coisas. Elas ficam animadas em saber qual a origem daquele sedimento, que rocha é aquela. Percebe-se que a população tem interesse e recebeu bem o projeto. E é a vocação da cidade”, finaliza Deize.
Através do projeto, acadêmicos da própria Universidade e a população em geral tem a oportunidade de participar das excursões, realizadas periodicamente, e que se dão por meio de caminhadas, trilhas, passeios de bicicletas e percursos de ônibus. As excursões podem ter os roteiros mais variados, podendo acontecer em ambientes fluviais, nas áreas de praias ou até mesmo no centro da cidade.