O relógio não é mais somente o dono do tempo, e sim, também, o dono das pessoas. |
Nos intervalos entre um texto e outro meu, vou postar algumas coisas que eu julgar interessante, para quem me visitar não perder viagem. Melhor, né?
Tem um blog que eu gosto bastante. Sempre atualizado, com conteúdo próprio, e que tem milhares de acessos e mais de 800 seguidores. Na verdade me inspirei bastante lá para escrever para o meu. Espero conseguir chegar nesse patamar um dia. O texto abaixo, "pra que tanta pressa?", foi retirado de lá.
Portal das Crônicas - Taís Luso de Carvalho
Quando se é bastante jovem parece que o tempo que se tem pela frente é infinito; aquela coisa do dá e sobra. Sobra tempo pra se correr atrás do supérfluo, da fama, do belo, de dançar, nadar, estudar, praticar esporte, viajar para os lugares mais exóticos do planeta e conhecer gente muito diferente. Talvez gente que nem exista, de tão diferente... E parece que dá pra tomar o café da manhã em Macchu Picchu e jantar no Egito, tamanha a disposição. Haja fôlego, haja vontade.
Porém, um dia a gente amadurece: cabelos brancos camuflados por tintura, o rosto já com marcas de expressão e encarando o que a vida não esconde. Tudo aquilo que ela nos mostra durante o percurso já dá pra ver. Agora a coisa é diferente! Estamos mais madurinhos. Mas num ponto bom, como os melhores vinhos.
Conheci uma pessoa que ao aposentar-se entrou na onda de viajar. Uma onda meio obsessiva. E se foi; se largou com a ideia de conhecer o mundo. Ela foi com uma amiga bem mais jovem. Porém não aguentou o tranco. Passou um mês batendo canela, tudo muito ligeirinho. Foi a vários países, mas pouco viu. Pouco usufruiu. E voltou cansada e arrependida; sua viagem deveria ter sido feito com mais calma, mais estudada e menos alucinante. A melhor viagem é aquela que traçamos dentro do nosso ritmo e do nosso gosto.
A rotina assusta muitas pessoas. A calmaria é confundida com tédio. Vejo pessoas da 3ª idade se mexendo mais que adolescentes: nadam, dançam, viajam, estudam, namoram num ritmo da pesada. Calma, pô! Que montanha-russa! Aonde esta gente quer ir com tanta pressa?
Com o passar do tempo já deu pra perceber que não quero isso pra mim. Quero ter calma e poder ver na rotina algo saudável, como realmente é. Não sei por que a rotina é tão mal falada. Ela tem seus encantos, sua calma. E é nela que amadurecemos.
Por tudo isso que é bom, em muitas ocasiões, fecharmos o bico: sempre aparece algum crítico para estragar a nossa festa dizendo o que temos de fazer, para onde temos de ir, e com quem. São aqueles que sabem de tudo e se coçam pra dar um pitaco na vida dos outros. E essa paranóia de ter de fazer muitas coisas a mil, acaba nos levando a entrar na deles.
Há anos, fiz uma dessas viagens, estabanadas, por estradas que levam à Argentina. Mas depois sentei pra pensar e vi a loucura feita. Quanta pressa: Ô COISA BEM LOUCA!
Tô noutra.
gostei :)
ResponderExcluirOi, Joab, vim retribuir os seguidores e tive a grata surpresa... Muito obrigada por gostar do Porto das Crônicas e trazê-lo um pouquinho pra cá. Vou ler seu blog com mais calma.
ResponderExcluirbeijos
Tais Luso