quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Um bando de sem educação


Falar de trânsito em Santarém não é novidade. E é por isso que esta discussão se torna mais importante. Ora, se é algo tão comum, por que nada é feito para mudar? Sinceramente, eu não sei. E por não saber que vou escrever este texto.
Como sempre, gosto de avaliar os diversos fatores (segundo a minha humilde visão) que possam fazer parte do referido contexto. Pois bem, vamos aos fatos.
Creio que o principal problema que as mais distintas sociedades enfrentam ocorre por falta de educação do seu povo. Se tivéssemos educação, nossas cidades seriam muito melhores. E não cito educação aqui como grau de instrução. Tem gente que possui um alto nível de escolaridade, mas é um tremendo de um irresponsável. Vamos aos exemplos. Temos a incrível mania de achar que a rua é lixeira. E, assim, depositamos o que bem entendemos nela. Juntar o seu lixinho e jogar em lugar apropriado parece uma missão que requer muito esforço e, por isso, quase nunca é realizada. Mas quando nossas ruas estão cheias de sujeira e com um cheiro nada agradável, não cansamos de reclamar.
Isso se aplica ao trânsito (e a todas as áreas de nossa vida). Quando estamos no controle de algum veículo, nos achamos em posição de controle, fazendo tudo o que bem entendemos. Não respeitamos a sinalização, não respeitamos os outros condutores, não respeitamos os pedestres, enfim, não temos a mínima educação. E aí é que está o grande problema. Nada funciona se não tiver ordem. Achamos ruim, mas somos tão medíocres que só funcionamos na pressão. Se não tiver ninguém fiscalizando, punindo, não agimos certo. E depois falamos dos políticos, quanta hipocrisia. Quem erra no pouco, com toda a certeza também errará no muito.
Todos os dias, ao trafegar pelas nossas belas e perfeitas ruas, vejo diversas irregularidades sendo cometidas. Se fosse uma ou outra, ainda dava para deixar passar e dizer que foi apenas uma exceção, no entanto já é algo tão comum, tão na cara, que não tem mais como fechar os olhos. Aí que entra a outra ponta da corda. Cadê as autoridades do trânsito? Não adianta só sair às ruas quando querem uma ‘merenda’. Até porque não é para isso que os pagamos. Olha só a situação em que nos encontramos. Pagamos (por meio de nossos impostos) os agentes de trânsito para desenvolverem o seu trabalho, que consiste, entre outras funções, a de organizar e fiscalizar o trânsito municipal. Só que em vez de fazerem isso, ficam inertes ao problema, como se ele não existisse. E quando pegam alguém cometendo alguma infração, puni-lo é a última coisa em que pensam. Claro, o bolso está mais perto. É bom que se diga que não são todos. E outra, vamos falar a verdade, quem pratica um negócio desse é tão errado quanto quem aceita.
Enquanto Santarém continuar vivenciando essa situação, os números de acidentes continuarão a crescer, juntamente com o índice de mortes. As ruas, além do lixo, também já estão se avermelhando. As verbas gastas em reabilitação a cada dia são maiores, enquanto que a prevenção, muito mais em conta, é jogada pelo ralo. Faixas de pedestres não significam nada para nossos motoristas. O sinal amarelo significa, no dicionário popular santareno, acelera que dá!
E assim vamos seguindo nossos dias, saindo de casa sem saber se voltaremos ou não, vendo nossos conhecidos, amigos e familiares chorando por ter alguém vítima de um trânsito assassino, comandado por irresponsáveis sem educação.

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