quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ser adolescente faz bem (às vezes)




Tem vezes que dá uma vontade de jogar tudo para o alto e sair correndo. Outras, de pegar tudo o que se vê pela frente, sem que nada escape pelas mãos. Temos dias maravilhosos, entretanto outros que fazemos de tudo para esquecer. Se esta semana foi boa, talvez a outra não seja. E assim a vida vai, dia após dia.

Esta semana eu li sobre a invenção da juventude. Na verdade sobre a adolescência, aquela fase rebelde que todos nós passamos, que compreende o período entre a infância até a vida adulta. Para uns a adolescência dura menos, para outros mais, no entanto todo mundo enfrenta esses anos ‘complicados’. E isso serve para que ele realize coisas que, muito provavelmente, nunca faria em outra época de sua vida, como pensar em fugir de casa, fazer tatuagens e colocar piercings, ou adotar o estilo roqueiro. Em muitos casos, quando a coisa não fica só no pensamento, a pessoa carrega o estilo até o final da vida. 

O termo adolescente só começou a ser usado em 1898, quando o psiquiatra americano Granville Stanley Hall adotou a expressão para caracterizar as pessoas que passam por esta transformação. Antes disso, ou se era criança ou adulto. Vale lembrar que puberdade nada tem a ver com adolescência. Apenas coincide de acontecer na mesma época. 

Pois é, infelizmente, para muitos, esse sonho de revolução se restringe apenas a esta época. Passando disso, tudo volta ao normal. À mesma correnteza lenta e previsível da vida. Você acorda para trabalhar e dorme para acordar. No meio disso você realiza refeições. Nada demais. Nada de emoções. Nada de nada. E os anos vão passando, os traços da idade aparecendo e você continua na mesma vidinha. Aguentando o patrão chato, atendendo às ligações de cobrança dos bancos, aturando os relacionamentos... 

Aí você começa a lembrar daquela época em que tudo era tão fácil. Podia fazer o que bem entendesse. Se não quisesse, era só dar um jeitinho e pronto. Responsabilidade? Nem fazia ideia do que era. Obrigações? As únicas eram ter de escovar os dentes e ir para escola. Pressões? Só se for da espingardinha preparada para atirar em passarinhos ou latinhas espalhadas pelo quintal.  

Tudo parecia tão lindo. Parecia... E era! Pena que passou, e passou tão rápido... Agora nos resta acordar, dormir... E sonhar. Bom, quanto a mim, vou voltar ao trabalho, afinal, agora, tenho responsabilidades, obrigações e muita pressão. A você, que está lendo, tenha um bom final de semana.

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