quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Tributo ao Mapiri e Lago do Juá


Manuel Messias de Sousa Santos


Ao cair da tarde eu contemplava,
Onde no passado foi um paraíso.
Hoje área devastada, troncos secos e folhagens mortas.
Queima-me o peito me escapa o sorriso,
Em ver um pedaço da natureza morta.

Esse recanto que eu amava tanto,
Hoje olho com saudade e tristeza.
Não posso conter o pranto,
Em ver o que fazem com a mãe natureza.

Aqui, onde na infância,
Passei os melhores dos meus dias,
Percorrendo este torrão.
Atrás dos peixes do cantar dos pássaros,
Mergulhando nas águas da solidão.

Hoje vejo tua incumbência enferma.
Feriram-te a golpes de motor serra e máquinas pesadas.
Mas mesmo assim resiste na tua bondade.
Dando sustento aos verdadeiros algozes da modernidade.

Se eu pudesse a eles pediria!
Que não praticassem tanta maldade.
Com quem purifica o ar, lhe dá o alimento.
Porque mais tarde vai sentir saudade.

A estes retiros das minhas lembranças,
Que é a razão da minha inquietação e pesadelo.
Quero deixar nestes versos: a ti Mapiri e Lago do Juá.
Minha gratidão pelo que vi,
E minha solidariedade pelo que vejo.

Um comentário:

  1. Poucas são as pessoas que declaram seu amor ao meio natural....

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