segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Depois não adianta reclamar

Desde a virada do século, quando as questões ambientais ganharam destaque no cenário internacional, assistimos a uma série de acordos e situações que pretendiam reduzir o desmatamento em várias regiões do planeta, diminuir a população e repensar novos modelos de desenvolvimento, com principal enfoque para a sustentabilidade.

No entanto, no Brasil, isso, até hoje, ainda não foi levado a sério. Segundo o Greenpeace, entre 2007 e 2012, foram explorados ilegalmente cerca de 700 mil campos de futebol - equivalente a cerca de 5 milhões de árvores ou 950 mil caminhões de tora -, que colocadas em linha reta somariam 9.500 quilômetros – a distância entre São Paulo e Paris.

E o desmatamento acontece bem perto da gente. O Pará é o maior produtor de toras da Amazônia. O monitoramento realizado pela ONG, no segundo semestre do ano passado, mostra as rotas percorridas pelos caminhões que transportam a madeira ilegal. Os cortes foram realizados em Placas e Uruará, sendo as cargas transportadas para Santarém (detalhe na imagem).


O interessante é que, por mais que isso aconteça debaixo do nariz das autoridades, o panorama nunca muda. Em 2014, por exemplo, o Brasil bateu o recorde de desmatamento, com um aumento de quase 200% em relação a 2013. Tudo, claro, omitido durante a campanha, pela presidente reeleita. Marina Silva tocou no assunto várias vezes, mas não foi ouvida. Hoje, todos pagam por essa irresponsabilidade.

Se a situação continuar como está, será difícil imaginar um futuro tranquilo para as próximas gerações. O Sudeste já sente nas torneiras o efeito da devastação ambiental desenfreada.
Será que agora os governantes vão mudar a maneira de pensar, ou vão continuar com os atuais modelos, nomeando pessoas como Kátia Abreu para cuidar do Ministério de Meio Ambiente?

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