segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Brasil maltrata idosos



Pelo curso natural da vida - caso nada aconteça interrompendo-o abruptamente - todos serão idosos um dia. Assim como já foram crianças, e precisaram contar com a ajuda dos outros, também vão envelhecer um dia e, novamente, terão que recorrer aos cuidados de alguém.

No Brasil não é fácil ser criança. Nem adulto. Muito menos idoso.

Após uma vida dedicada ao desenvolvimento do país, os trabalhadores são encostados em algum lugar qualquer para esperar, lentamente, a chegada da morte. Isso, recebendo, muitas vezes, uma mixaria da aposentadoria.

O Brasil, com mais de 20 milhões de pessoas acima dos 60 anos, ocupa a humilhante 58ª posição no ranking de bem estar do idoso. Esse índice - HelpAge International's Global AgeWatch - é calculado com base em quatro itens: ambiente estimulante, capacidades, segurança de renda e status de saúde.

No primeiro item, o Brasil apresenta uma das piores avaliações entre os 96 países estudados, ocupando a 87ª posição. Ambiente estimulante tem a ver com interação social, segurança, transporte público, etc.

O quesito ‘capacidades’ tem a ver com emprego e educação na terceira idade. No Brasil, 52,3% dos idosos estão empregados e 21,1% cursaram ensino superior.

A avaliação sobre ‘segurança de renda’ é o que eleva um pouco a condição dos idosos no país. Neste quesito o Brasil está em 14º no ranking, já que 86,3% da população têm aposentadoria, contam com razoável cobertura de serviços prestados pelo Estado e menos de 9% são pobres.

Em ‘status de saúde’ a expectativa além dos 60 é 21 anos de vida. Isso faz com que o Brasil ocupe a 47º colocação.

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