segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Aquele dia...


 
O cinegrafista foi morto no último domingo, 6 de novembro.

Tem dias que você não acorda muito legal. Não sabe direito o porquê, mas sente aquele desconforto, aquele peso sobre si. Não tem ânimo para nada. Não vê sentido em levantar cedo, sair da sua casa e passar o dia trabalhando. Bate uma vontade de encher o tanque do carro e vagar rumo ao infinito, sem direção e nem obrigações.
Hoje meu dia está meio assim. Sei lá, mas não estou com aquela empolgação costumeira. E nem feliz por ser segunda-feira, o melhor dia de trabalho para mim. Na verdade um monte de pequenas coisas cria em mim essa sensação. As responsabilidades pesam. As cobranças aparecem. E por mais que você queira levar a vida sem muita preocupação, uma hora ela aparece. Às vezes, até sem motivos.
Acho que todos assistiram a alguma coisa sobre a morte do cinegrafista da Band, Gelson Domingos, de 46 anos. Acho que isso, principalmente, foi o responsável por esta tristeza interior. Um colega de profissão. Perdeu a vida para gravar algumas imagens. Será que valeu a pena? Não sei. Mas garanto que a viúva, os três filhos e os dois netos sabem essa resposta.
Na postagem anterior ainda falei sobre a morte. E é incrível o poder que ela tem de surpreender, apesar dos sinais mostrarem o perigo. Se enfiar em um tiroteio, em uma favela no Rio de Janeiro, já é motivo para temer. Pelos menos eu temeria. Infelizmente, nem colete à prova de balas, o salvou. O tiro de fuzil, ‘provavelmente’ disparado por traficantes, atravessou a proteção.
E agora, o que acontece? Nada. Como sempre... Afinal os responsáveis estão bem confortáveis em suas poltronas, assistindo, inertes, a tudo isso.
Bom, deixa eu tomar um café, ver o tempo passar e esperar o dia melhorar. Até mais.

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