terça-feira, 4 de junho de 2013

A febre das redes sociais


Nos tempos atuais só é gente quem está conectado. Lá, no Facebook, Twitter, Instagram e semelhantes, você é quem e o que quiser. Poucos o conhecem, então, por isso, você acaba tornando-se refém do seu perfil. Você será, a partir do momento em que ingressar em algumas dessas redes, aquela pessoa que os outros veem, e não você mesmo. E tem gente que leva isso muito a sério.
É difícil dimensionar qualquer coisa baseado na internet, já que é algo muito dinâmico e imprevisível. Toda semana um novo aplicativo é lançado, uma nova plataforma é criada... A única projeção que se pode fazer com certeza é de que, a cada novo dia, mais pessoas estão se conectando. E isso vai continuar aumentando até que quase todo mundo tenha acesso a essa grande rede. Até por isso os governos têm trabalhado bastante para conseguir formas de promover a inclusão digital.
Hoje, em pleno século 21, é impensável alguém viver sem acesso à internet. Os que já provaram da viagem fascinante proporcionada por ela, dificilmente conseguem tirá-la do seu dia-a-dia. Assim como pode ser uma grande aliada, pode, também, ser uma pedra bem grande no caminho de algumas pessoas.
Assim como tantas outras coisas, a internet é apenas uma ferramenta, um instrumento na mão do usuário. Como será usada, depende exclusivamente dele. Ela, então, não pode ser julgada como culpada ou inocente, já que não tem vontade própria.
Os benefícios são enormes. Com aplicativos como o Skype, WhatsApp e Zello Walkie Talkie, por exemplo, é possível se comunicar com qualquer pessoa, independente da localização no planeta, e de forma gratuita. As únicas exigências são que você esteja conectado à internet, tenha a plataforma necessária (PC, tablete, smartphone) e tenha conta nessas ferramentas. Por meio desses aplicativos milhões de pessoas se comunicam diariamente em todo o mundo, seja por mensagem de texto, por áudio ou por vídeo. Seja a negócio, para matar a saudade dos familiares ou apenas para bater papo com os amigos.
Pelo Facebook, Twitter, Instagram e Foursquare, é possível se atualizar e atualizar seus amigos a respeito de tudo. Lá você é livre para fazer o que bem entender. As redes sociais servem como terapia para muita gente. Usam para fazer seus desabafos, para compartilhar seus problemas, para afrontar seus desafetos, para falar mal dos outros... enfim, usam para tudo.
Um dos maiores problemas é o nível de envolvimento que uma pessoa real cria com esse ambiente virtual. Milhares de pessoas deixam de viver a própria vida para assumir a sua identidade virtual, em que podem ser quem bem entenderem, sem regras, sem pressão, sem nada. Suas amizades são as mais diversas, e com pessoas que talvez nunca vão ver na vida. Lá são livres para contar as mais mirabolantes mentiras ou para dizer as mais tristes verdades, sem ninguém para julgá-las ou dizer o que é certo ou errado. Acabam abrindo mão da própria vida “aqui” para ser alguém “lá”.
Muitas questões ainda pesam sobre as redes sociais, como o direito autoral e uso de imagem, e a privacidade dos usuários. Até porque nunca se tem a dimensão exata do efeito que causa qualquer publicação em algum desses meios. A linha que divide o que é pessoal do que é público é muito tênue, e poucos sabem desse limite.

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