O mundo da leitura é fascinante.
Por ele podemos trilhar os mais diversos caminhos, viajar para os mais variados
países, voltar no tempo e ter a sensação de como seria o futuro. Por meio das
páginas de um livro somos capazes de despregar do presente, esquecer tudo à
nossa volta e embarcar em uma maravilhosa jornada, que pode ser de ação,
aventura, suspense, drama ou romance. Enquanto lemos estamos conectados com os
personagens da história, compartilhando suas emoções, vontades e medos. Somos
capazes de criá-los em nossa mente e nos tornarmos íntimos deles, como se
fossem nossos melhores amigos, ou piores inimigos. Temos raiva, ódio.
Emocionamo-nos...
Quem se apaixona pela leitura,
dificilmente conseguirá deixar de lado esse vício. O corpo vai pedir, ou
melhor, a mente vai exigir. A cada nova história, novos conhecimentos. Por isso
é muito importante que esta prática seja incentivada na infância, nos primeiros
passos da vida escolar. Quem não tem este incentivo enquanto é pequeno, depois,
é mais difícil de pegar gosto pela coisa.
Quem gosta de lê, e faz isso com
frequência, consegue fazer a leitura do mundo real com mais facilidade. Tem um
vocabulário mais rico e, consequentemente, vai ter uma escrita que dá gosto de
se ver. O primeiro passo para escrever, é saber lê. No entanto, tanto uma
quanto a outra prática não entram como prioridades das pessoas de um mundo
moderno. Cá entre nós, não tem coisa mais chata que desconhecer a própria
linguagem. De maneira alguma quem lê é um gênio de língua portuguesa (ou
qualquer outra), mas vai ter uma vivência maior com as palavras e, raramente,
vai escrever palavras como ‘exelente’, ‘mais’ (querendo dizer ‘mas’) ou ‘trousse’.
Enfim, para muitos o ato de ler é
uma perda de tempo. Cansei de ver pais brigando com os filhos enquanto estes se
dedicavam à leitura. “Vai fazer alguma coisa útil, meu filho”, gritam. Também é
bom que se diga que os livros não são produtos tão baratos, e, por isso, muita
gente não tem acesso a eles. E como as bibliotecas disponíveis não são toda
aquela maravilha, fica difícil exigir muita coisa... Na falta de amigos ou familiares presentes, os livros tornam-se os únicos amigos acessíveis. Neles as pessoas se jogam de cabeça e esquecem
do mundo real, muitas vezes triste e solitário...
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