segunda-feira, 22 de abril de 2013

A tese dos dois segundos




Cada segundo é importante. Pode até não parecer, mas um segundo pode fazer toda a diferença. Em um segundo, um mísero segundo, pode acontecer alguma coisa capaz de mudar toda a nossa história. Parece besteira, mas não é. Afinal, como dizem, são os detalhes que fazem toda a diferença. E é juntando os pequenos fragmentos de tempo que formamos os minutos, horas, dias, anos... é um agregado de tudo aquilo que vivemos em tão pouquinho tempo.

Eu tenho a infalível tese dos dois segundos. Para mim, este pequeno espaço de tempo é o responsável pelas decisões que podem mudar a nossa vida.  Todo dia passamos por alguma situação em que se abre uma oportunidade de dois segundos. E, vai de nós, escolher o que fazer neste breve momento. Geralmente nós hesitamos na busca por qual seria a melhor ação e acabamos deixando o momento (oportunidade) passar. Mas, se esse tempo fosse bem aproveitado, nossa história poderia ter um destino bem diferente.

Por exemplo. Você está numa avenida a 80 km/h e, de repente, um maluco qualquer invade a preferencial, poucos metros à sua frente... os dois segundos demoram uma eternidade para passar. É o tempo que você tem para tomar a decisão que pode (ou não) salvar a sua vida.

Você está sentado na frente da casa da sua namorada, conversando numa boa com ela, quando, do nada, se depara com uma faca em seu pescoço. Dois senhores muito deselegantes, surgiram da tenebrosa escuridão para assaltar o distraído casal. Quando você sente a lâmina gelada encostada na sua pele, e escuta “passa o dinheiro e o celular”, é que a tese dos dois segundos aparece. Vão ser, com certeza, os dois míseros segundos mais longos da sua vida. Até conseguir se situar, parece que 200 anos se passaram... “é uma brincadeira?”, vai pensar. Depois, quando ver que o negócio é sério, vai congelar, tentando lembrar como reageria o seu ator de ação preferido em uma situação dessas. O problema é que, até você se dar conta do que está acontecendo, ver suas opções e traçar um plano, seu dinheiro e celular já foram passear com os bandidos.

Isso pode acontecer a qualquer hora, em qualquer lugar. Pode ocorrer no momento em que você esteja dentro do elevador com a pessoa de quem está a fim. Seus olhos vão se cruzar. As palavras cessarão. E, aí, vai rolar aquele momento diferente, de um silêncio inoportuno, em que passarão um milhão de possibilidades em sua mente. Este é o momento. O que você faz? Aproxima-se e dá aquele tão sonhado beijo, ou simplesmente fica inerte em seus pensamentos, como se você estivesse longe do seu corpo e não comandasse suas ações?

Bom, é uma nova tese a se pensar. Garanto que quando acontecer alguma situação do tipo que eu escrevi, você vai lembrar-se dela. Espero que a aproveite bem. Ela costuma trazer bons resultados, se aproveitada da maneira correta.

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