sexta-feira, 8 de agosto de 2014

De mãos atadas


Até quando o povo brasileiro vai ficar refém dos mesmos grupos políticos que se revezam na sucessão do poder há décadas? Até quando vamos continuar inertes neste cenário deplorável e degradante para que o Brasil caminha?

Não é possível que não haja solução. Todo mês eu escrevo um texto similar a este questionando as mesmas coisas e, ainda, continuo sem respostas. Não sei se realmente eu seja muito pessimista quanto ao presente/futuro ou se realmente tenho razão por ficar insatisfeito com o rumo que as coisas andam. Talvez se eu ficasse a maior parte do tempo em um mundo paralelo, puxando um baseado, como tantos por aí, eu defendesse que estamos caminhando no trilho certo...

Até a quarta-feira, 7, o governo, por meio de impostos e tributos, já havia sugado de nossos bolsos a salgada quantia de quase R$ 780 BILHÕES. Acredita nisso? Dinheiro meu, dinheiro seu. Dinheiro de famílias que não têm nem o que comer. O mais incrível é que essa montanha simplesmente desaparece na mão de nossos governantes. Esse dinheiro não volta em benefício. Problemas básicos – e centenários – continuam nos assolando. Saneamento básico parece até luxo.

Quando vamos comprar um produto, temos duas opções. Ou adquirimos algo de qualidade, no qual temos confiança de que o investimento valerá a pena e, por isso, desembolsamos uma quantia maior. Ou compramos um produto de preço muito mais baixo, que não tem a mesma qualidade, e logo vai nos deixar na mão.

Quando se fala em imposto, no Brasil, as coisas se invertem. Pagamos caro por um produto que não tem qualidade. Ou seja, suamos sangue pagando taxas altíssimas em produtos e serviços para que nossos ditos representantes apliquem mal os recursos – ou, pior, desviem para benefícios próprios.

O caso mais recente, escandaloso e ridículo é o aumento concedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) à Celpa. A cacetada foi pesada. O sofrido povo paraense vai pagar 35% a mais em sua conta de energia. Um aumento enorme desse, superior a 1/3, e as coisas continuam como se tudo estivesse normal. Cadê os políticos ditos interessados nas causas populares?

É preciso mudar. É preciso encontrar um novo caminho para seguir, porque este, no qual estamos, vai para o precipício. E, se lá cairmos, nunca mais sairemos.

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