sexta-feira, 4 de maio de 2012

O valor do compromisso


Todo mundo, em algum momento, já escutou os mais velhos contarem sobre como as coisas eram no seu tempo (hoje eles acreditam que o tempo não seja mais deles). Falam sobre como eram os namoros, a relação entre um casal, o respeito aos pais... em meio a uma infinidade de coisas – que muitos julgam cafona – está o valor da palavra dada.
Conta a lenda que antigamente as pessoas emprestavam até grande quantidade de dinheiro tendo como garantia apenas a palavra. Uns davam um fio do próprio bigode para assegurar o compromisso – é claro que esse artifício se restringia apenas aos homens... e à algumas poucas  mulheres. Hoje em dia isso é quase impensável. Até para parente você fica com medo de emprestar dinheiro, e quando empresta, fica com um receio enorme. Liga toda semana para pedir o dinheiro de volta e, ainda, cobra juros. Dinheiro é um assunto muito delicado, então vou mudar o rumo da conversa.
Acredito que umas das melhores coisas que uma pessoa possa ter é crédito. Não crédito pra celular – o que também é uma maravilha -, mas ter crédito em sua palavra. Poder ser acreditada. No entanto, para isso acontecer, é necessário que a pessoa tenha muitas outras qualidades, o que, em geral, não acontece.
Uma coisa tão simples pode fazer toda a diferença. O que custa honrar com os compromissos? Se tem uma reunião às 10h, por que chega às 10h30? Se disse que ia levar tal coisa, por que aparece de mãos vazias? Se emprestou dinheiro e não pagou (calote), por que finge que está tudo bem, como se fosse algo comum?
Isso é uma questão profunda, que mexe com os valores do ser humano. Não quero entrar nas profundezas da ética, entretanto tem tudo a ver. Eu não posso fazer o errado e achar que é certo. Não devo assinar uma lista de frequência dos dias em que faltei, nem furar fila só porque me considero mais importante que os outros, ou aproveitar da falta de instrução alheia para sair sempre ganhando.
Tudo tem consequência, tudo tem um preço. Não adianta pensar que seremos eternos ou que nossas ações passarão despercebidas. Uma hora vamos precisar de alguém, mais cedo ou mais tarde, e é aí, caro leitor, que a coisa pega. Refaça-se enquanto há tempo. Boa leitura e boa semana!

2 comentários:

  1. Boa! Quanto à questão de chegar atrasado, sempre penso que o meu atraso é traição e desperdício de tempo pra outra pessoa; um tempo que ela confiou a você. É difícil, mas luto pra ser pontual, hehe.

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  2. É uma maravilha se deparar com alguém que honra valores. Eu, infelizmente, sou falho. Horários, principalmente pela manhã, são meu ponto de maior fraqueza. Mas se cheguei 15 minutos atrasado faço questão de ficar 20 minutos além.
    Na sociedade do momento ser honesto é motivo de vergonha e risos. Ser esperto é adjetivo pra quem rouba. Valores invertidos. Promessas sem verdade.
    Sinto falta de pessoas verdadeiras. De verdade.
    -Stronger-

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