Acho que o que está em jogo para
ser discutido é o discurso dos ‘ambientalistas’ e o dos ‘desenvolvimentistas’.
Hoje em dia parece que tudo o que se faz para desenvolver é errado, e tudo o
que se faz para conter os impactos ambientais é movido por interesse
particulares. E grande parte, de fato é.
Sempre temos a ideia de que no
Brasil tudo o que se precisa para fazer qualquer é ter dinheiro, com dinheiro
tudo é possível. E, assim sendo, os espertinhos de plantão aproveitam para
ganhar um extra. Afinal, para os dois lados é vantagem. A política brasileira
nos dá o belo exemplo da corrupção. Em muitos casos é melhor gastar dinheiro do
que tempo.
Quando alguém projeta algo grande
já sabe os desafios que irá encontrar. Mais que a burocracia vigente para
conseguir tudo o que se precisa, outras séries de perrengues aparecem pelo
caminho. Como todo mundo sabe, para pular etapas e acelerar o processo é
preciso desembolsar um agrado... E quando não soltam, o negócio fica
complicado.
Bom que entenda, caro leitor, que
não estou acusando ninguém. Apenas cito, de maneira geral, o que acontece. Um
bom exemplo é a cobertura da imprensa sobre certos temas. A mídia parece criança
mimada, quando não ganha nenhuma fatia do bolo começa a chorar, espernear e
gritar, até receber alguma recompensa. E depois fica tudo certo, tudo lindo.
Outro ponto que sempre gera muito
debate é a atuação dos ‘ambientalistas’, grande parte integrante de
Organizações Não Governamentais. Está certo que, de vez em quando, fazem um
trabalho legal. Muitas, inclusive, prestam um importante papel social. No
entanto, convenhamos, tem ONG pra caramba no Brasil. Só em Santarém tem mais de
uma centena. Se não fosse algo interessante ($$$) não haveria tantas, não é?
Para fechar, penso que Santarém
precisa crescer (ordenamente). Estamos no século 21, com o sonho de ser tornar
a capital do novo estado, então precisamos pensar modernamente. Chega de pensar
que por pertencermos a Amazônia, nós devemos viver como índios, ou favelados.
Está na hora de despontar. Na verdade já passou da hora. Se for para lutar pela
defesa do meio ambiente, que seja. Se forem abrir a boca para defender a
natureza, que isto não seja só em busca de interesses pessoais. Afinal, é uma
causa justa.
Ah, para terminar, quando foi
mesmo que começaram as obras na Fernando Guilhon? Pois é, mas as autoridades só
viram agora. Estranho, não?
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