A nossa vida é uma montanha russa.
Um sobe e desce sem fim. Às vezes tão rápido que nem dá tempo de abrir um
sorriso, ou soltar uma lágrima. Se hoje estamos lá em cima, amanhã podemos não
estar. E assim vivemos, nesse vai e vem infinito, sem ter certeza de quase
nada.
Acho incrível como as coisas, a
cada dia, passam mais rápido. Como nossa alegria se transforma em tristeza em
segundos, e vice-versa. Como o mundo cabe na tela de um computador e como isso
influencia a nossa vida.
Uma ligação, por exemplo, pode
conter tantas emoções escondidas que nem fazemos ideia. E quando fazemos,
muitas vezes nos decepcionamos. Esperamos uma coisa e recebemos outra. Tem
vezes que nem queremos atender, já prevendo o que vai ser.
Apesar de cada ser humano ser único
e individual, individualmente não se consegue nada. Nem mesmo a felicidade.
Precisamos dos outros para quase tudo. Ninguém é capaz de viver sozinho, ou para
si mesmo.
Nada será eterno. Os sentimentos
estão em constantes mudanças. Hoje você é feliz, amanhã não. Hoje você ama
alguém, amanhã talvez não. Os bens materiais se transformam. Bilionários ficam
pobres, e miseráveis tornam-se ricos. Empresas poderosas falem. Empresas
meia-bocas viram potências de mercado. Nem mesmo o melhor sempre estará melhor.
O Messi nem sempre dará show. E olha só, o Palmeiras, time com mais títulos
nacionais, e considerado o melhor clube do Brasil pela CBF, também não está
livre da montanha russa da vida. Há alguns meses comemorou o bicampeonato da
Copa do Brasil, agora está chorando pelo birrebaixamento à Série B do
Brasileirão...
Das pessoas não sabemos o que
esperar. Em mesmo quando não esperamos nada nos surpreendemos. Brigamos pelo
pouco e não choramos pelo muito. Perdemos tempo com besteiras e dedicamos
poucos minutos ao que realmente vale a pena. Somos mesquinhos, orgulhosos e
prepotentes. Vivemos de julgar os outros, mesmo que inconscientemente.
Consertamos, imaginariamente, a vida de todo mundo e nem olhamos para o bagaço
da vida.
Vivemos influenciados pelos outros.
Olhamos para os mais pobres para nos sentir superiores, agradecendo por termos
condições melhores. E olhamos para os ricos desprezando-os, como se ter
dinheiro fosse algum crime.
No sobe e desce da vida vamos
seguindo nossos dias sem saber o que esperar da próxima curva. Talvez isso é o
que nos faz sentir vivos. Se já soubéssemos o que iríamos enfrentar, que graça
teria?
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