quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Desculpinhas...


Minha mãe, de vez em quando, fala que eu pareço um velho num corpo de jovem. E eu sempre concordei com ela. Tem certas coisas que eu não acho que sejam para mim. E com outras eu perco a paciência. Coisas que um jovem deveria aceitar numa boa, e até fazer parte.


Uma delas é com as tão famosas desculpas. Ah, isso é um saco. Sempre tem que haver algum culpado para a cagada que faz. Tem gente que é ‘desculpador’ profissional. Não sei como, mas arruma desculpa para tudo. Se brincar, até pra morte não levá-lo.

Isso a gente vê muito nos noticiários policiais. “Não fui eu doutor, não fui eu”. Aham, claro, foi bem a sua sombra. Só pode. Outros bons nessa arte são os políticos. Ow turminha esperta. “Eu? Eu não sabia. Mas se soubesse...” Ah gente safada. A população acredita. Ou pelo menos finge. Mas, de nada adianta mesmo. É mais fácil se desculpar do que consertar as coisas.

Eu mesmo – vou admitir – às vezes recorro a esse recurso. Quando alguém te liga e você não quer atender, ou quando vão à sua casa e você finge não estar. Quando, no trabalho, sai algumas coisinhas erradas já pensa em quem jogar a culpa. Afinal, como diz o sábio filósofo:

"O bom do trabalho em equipe é que se algo der errado sempre se pode culpar alguém."

Assim, tá legal, tem coisas que ainda passam. Mas inventar desculpinha pra tudo? Já é demais.
Se tira nota baixa em uma prova foi por culpa da professora. Se não conseguiu um emprego foi por culpa “daquela vaca que se insinuou praquele safado na entrevista!”. Se não fez o que tinha de fazer foi porque a internet estava com problema. Se faltou no trabalho foi porque o despertador não tocou, o ônibus não passou, o dinheiro não achou e o sapato - para ir andando – sujou e a água acabou. Se não quer pintar a casa, diz que é daltônico. Se não quer ajudar fala que não sabe. Se alguém pede, finge que não escuta. Se alguém grita para que você escute, começa a chorar...
Bom, deixa eu parar por aqui porque já vão fechar o jornal e eu tenho que sair. Queria escrever bem mais, no entanto, não posso fazer nada.
“Ué, mas você não tem a chave daqui?” – anjinho.
“Claro que ele tem. Mas ninguém sabe! Deeer” - diabinho.

2 comentários:

  1. Hahahahahaha, mas que sacaninha, hein?!
    Quando voltar do almoço, escreve mais, quero saber as tuas outras desculpinhas :P
    Te amo ;*

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  2. Hahahahahaha, mas que sacaninha, hein?!
    Quando voltar do almoço, escreve mais, quero saber as tuas outras desculpinhas :P
    Te amo ;*

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